Segundo
a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil sofrerá um
aumento do desemprego durante três anos e a alta se estabilizará em um
novo patamar mais elevado apenas em 2017. Em seu informe anual sobre o
mercado de trabalho, a organização alerta que a desaceleração da
economia brasileira terá um custo social e que a expansão do crédito
como forma de crescimento da economia não era algo “sustentável”.
A alta do desemprego no Brasil segue uma
tendência de aumento da taxa nos países emergentes que, até 2014,
pareciam isentos da crise mundial.
Pelos dados da OIT, o desemprego no Brasil passou de 6,5% em 2013 para 6,8% em 2014. Neste ano, a taxa deve dar um novo salto e chegará a 7,1%. Em 2016 e 2017, a taxa subirá para 7,3%. O índice não atingirá a marca de 8% registrado em 2007. Mas, ainda assim, ficará acima da média mundial e, em 2016, o desemprego no Brasil será superior à média dos países desenvolvidos.
Pelos dados da OIT, o desemprego no Brasil passou de 6,5% em 2013 para 6,8% em 2014. Neste ano, a taxa deve dar um novo salto e chegará a 7,1%. Em 2016 e 2017, a taxa subirá para 7,3%. O índice não atingirá a marca de 8% registrado em 2007. Mas, ainda assim, ficará acima da média mundial e, em 2016, o desemprego no Brasil será superior à média dos países desenvolvidos.
Guy Rider, diretor-gerente da OIT, não
deixa dúvidas sobre a situação do Brasil. “Os dados são decepcionantes”,
declarou. “O crescimento é praticamente zero”. Para ele, uma combinação
de fatores explica a alta do desemprego no Brasil. Um deles seria a
alta dependência do País no desempenho das commodities. A queda dos
preços internacionais teria afetado o setor e contribuído para o
desemprego.
Outro aspecto criticado pela OIT foi o fato de que, nos últimos anos, a economia brasileira cresceu “com base na expansão do crédito”. “Isso não era sustentável”, declarou Ryder. “Vimos uma desaceleração decepcionante”.
Outro aspecto criticado pela OIT foi o fato de que, nos últimos anos, a economia brasileira cresceu “com base na expansão do crédito”. “Isso não era sustentável”, declarou Ryder. “Vimos uma desaceleração decepcionante”.
Na avaliação da OIT, o desemprego e o
não crescimento da economia afetam a capacidade dos governos da América
Latina, entre eles o Brasil, de continuar a reduzir as taxas de
desigualdade social.
Em sua avaliação, a entidade aponta que o
ritmo da queda da desigualdade perdeu força nos últimos anos, depois de
importantes êxitos. Entre 2003 e 2013, a proporção de pessoas com
salários de menos de US$ 1,25 passou de 14,1% para 5,5%. Já a classe
média – que ganha cerca de US$ 13 por dia – passou de 17,8% para 30%. Os
números de pobres passaram de 225 milhões para 164 milhões nesse
período.
“Mas esse avanço perdeu força”, alerta a OIT. O total de pessoas trabalhando com salários miseráveis ficou praticamente estável em 2013, com uma queda mínima de 0,2%.
“Diante da perspectiva econômica fraca para a região, obter novos ganhos na redução da pobreza será um desafio importante”, declarou a entidade em seu informe.
“Mas esse avanço perdeu força”, alerta a OIT. O total de pessoas trabalhando com salários miseráveis ficou praticamente estável em 2013, com uma queda mínima de 0,2%.
“Diante da perspectiva econômica fraca para a região, obter novos ganhos na redução da pobreza será um desafio importante”, declarou a entidade em seu informe.
Outro fator negativo é a baixa
produtividade na América Latina, o que é caracterizado pela OIT como
“uma praga” na região. Entre 2003 e 2012, a alta da produtividade foi de
apenas 1,5% por ano, abaixo da média mundial de 2%. Para a OIT, faltam
investimentos em infra-estrutura.
De acordo com o relatório a realidade do
aumento do desemprego não se limitará apenas ao Brasil e atingirá o
restante da América Latina. Em 2015, pela primeira vez desde 2002, a
região terá um desempenho mais fraco que EUA e Europa. O desemprego
voltou a subir, desde 2009, e a falta de possibilidades de trabalho para
os mais jovens é mais grave hoje que nas economias avançadas.
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